José Sócrates não corta nas viagens
Em 2011, o primeiro-ministro tem a mesma verba para deslocações e estradas: 135 mil euros. Membros do Governo têm quase 2,6 milhões de euros
Chefe do Executivo tem procurado promover a economia portuguesa nas visitas oficiais
Jornal de notícias
20/10/2010
Comentário
Para nosso espanto ainda continuamos em crise e o orçamento de estado vem afectar-nos, a nós, o povo, directamente, que coisa mais estranha esta hein!
Com todos os cortes orçamentais seria de esperar, pelo menos, que a verba para as deslocações diminuísse consideravelmente e deixássemos de patrocinar as idas e vindas de uns e outros que tem um poder de compra muito superior ao nosso, mas não! Para variar os cortes terão maior impacto nas classes mais baixas e são feitos para não prejudicar as mais altas, o ideal em vigor é: Bora lá roubar aos “pobres”, para alimentar os devaneios e gastos excessivos dos “ricos”.
Andam-se a passear pela Europa, mas… não há problema! Aqui os “camelos” [as classes mais baixas] é que apertam os cintos. Mas que raio de orçamento é que fazem que disponibilizam 135 mil euros para viagens, chegando membros do governo a ter 2,6 milhões de euros.
Eu não tenho a certeza, mas andamos a eleger para a política, gente que não sabe contar?! É completamente inadmissível que os políticos recebam balúrdios para se andarem a passear pela Europa, uma casa em Paris, uma casa em Barcelona, uma casa em Roma, uma casa em Sófia, uma casa em Atenas, uma casa em Berlim, uma casa em… e nós andamos aqui a jogar Monopólio, é que é muito giro de ao fim de 4 casinhas se poder por hotel e ir recebendo cada vez que alguém lá pára, mas quando os outros jogadores [o estado] ficarem sem ter com que pagar e não possam pedir à banca [população activa] porque também esta está lisa de lhe terem roubado tanto, então ai é que vamos ver!
Vamos lá esfolar os pobres enquanto pudermos, quando já não conseguirmos espremer mais pede-se ajuda à UE, mas a pergunta é esta: será que os outros países estarão dispostos a ajudar-nos tal como nós fomos amiguinhos e ajudámos a Grécia? Claro que sim! Eles irão de certo responsabilizar-se pelos nossos erros! E talvez dar-nos também 770 milhões de euros, países esses que também se encontram em crise.
Se a atitude do governo continuar esta, a de tirar ao pobre para depois dar ao rico, não sei não. Vejamos uma coisa, quando falamos em nação portuguesa o que é que nos vem à cabeça, o povo ou os políticos? À minha vem o povo, e se nação é uma palavra tão pomposa e que parece ter um grande valor e uma grande importância, porque é que não age? Porque é que temos de nos limitar às ordens do governo que nos prejudicam, se já agimos antes, do que é que precisamos agora para agir também? Não digo para fazermos uma guerra, mas para lutarmos por nós e pelos nossos interesses. Aquele grande povo, os grandes dos descobrimentos, é agora um povo fraco e incapaz de lutar por si mesmo, que assimila as ordens e volta a votar nos mesmos, vezes e vezes sem conta.
Cheguei, por isso, à conclusão de que qualquer um que seja capaz de declamar, mais concretamente berrar qualquer coisa, os portugueses até podem não perceber patavina do que o politico disse mas… como falou bem, é sem dúvida a pessoa indicada para o cargo, vamos pô-lo no governo!
Nós não precisamos de pessoas que falem bem, mas que ajam bem e defendam os nossos interesses!
Época de incêndios termina amanhã com a maior área ardida dos últimos 4 anos
09h38m
A época mais crítica em incêndios florestais termina, amanhã, quinta-feira, num verão que ficou marcado pela morte de três bombeiros e a maior área ardida dos últimos quatro anos.
Durante a fase "Charlie" de combate a incêndios, que começou a 01 de Julho e termina na quinta-feira, estiveram operacionais perto de 10 mil elementos, 2177 veículos e 56 meios aéreos, além dos 236 postos de vigia da responsabilidade da GNR.
Com um dispositivo praticamente idêntico ao dos anos anteriores, os fogos florestais não deram tréguas aos bombeiros sobretudo na primeira quinzena de Agosto, quando os incêndios consumiram 49 389 hectares de florestas.
Segundo os últimos dados da Autoridade Florestal Nacional (AFN), os fogos florestais consumiram até 15 de Setembro quase 117 949 hectares, mais 58 por cento do que no mesmo período do ano passado.
Dos quase 118 mil hectares ardidos, 90 818 foram o resultado dos 9222 incêndios que deflagraram em Agosto.
A área ardida este ano é a maior dos últimos quatro anos, embora esteja longe dos 418 330 e 312 062 verificados em 2003 e 2005, respectivamente.
Já as ocorrências registaram uma ligeira descida, tendo-se verificado, até 15 de Setembro, 19 567 fogos, menos 93 do que em igual período do ano passado.
Segundo o relatório, o distrito da Guarda contabiliza a maior área ardida (23 345 hectares), seguindo-se os distritos de Viana do Castelo (19 877), Vila Real (18 751) e Viseu (15 321). Estes distritos perfazem mais de "três quartos da área ardida".
O maior incêndio deflagrou no concelho de São Pedro do Sul (Viseu) e consumiu cinco mil hectares de floresta.
Foi a caminho do combate a este fogo que faleceu um dos três bombeiros mortos este ano. O bombeiro de Alcobaça morreu na sequência do despiste do autotanque de combate a incêndios onde seguia com mais quatro elementos da corporação.
Também um acidente vitimou o segundo comandante dos bombeiros de Cabo Ruivo, que fazia parte de uma equipa que ia combater fogos na zona do Porto.
Outro dos bombeiros mortos foi uma mulher de 20 anos, que pertencia à corporação de Lourosa, Santa Maria da Feira, e estava a combater um incêndio no concelho de Gondomar.
A partir de sexta-feira e até 31 de Outubro, entrará em vigor a fase "Delta" de combate a incêndios florestais, sendo o dispositivo composto por cerca de 5450 elementos e 1230 veículos.
Os bombeiros vão ter ainda ao dispor, até 15 de Outubro, 19 meios aéreos e a partir do dia 16 serão no máximo sete disponibilizados pela Empresa de Meios Aéreos (EMA), que serão activados segundo a avaliação do perigo e do risco de incêndio.Jornal de Noticias, 29 de Setembro 2010
Este ano os incêndios demonstraram-se bastante preocupantes, a área ardida é enorme e parece-se que é quase impossível evitá-los.
Comentário
Penso que não estou sozinha ao achar que a maior parte dos incêndios são fogo posto para servir os interesses de uns e de outros, ainda no passado mês de Agosto, todos os fogos que ocorreram nas serras da amareleja e Gerês apareceram em pequenos focos aqui e ali, em localizações onde não há nem passa ninguém, o que me leva a crer que estes fogos são causados pelas grandes madeireiras que pretendem ficar a ganhar com isso, usando depois essas madeiras para produzir carvão por exemplo, aliás, das estradas estreitas e de terra entre os fogos avistei no mês passado um camião que vinha desses mesmos focos com madeira, pertencente a uma madeireira. Para além de desflorestarem a terra os incêndios causam o pânico entre as populações que vêm muitas vezes os fogos perto de suas casas.
O nível de gravidade dos incêndios poderia ser evitado com a plantação de outras culturas, que mesmo que demore mais no seu desenvolvimento e crescimento, são mais resistentes aos incêndios como o sobreiro, a azinheira, os eucaliptos, os ulmeiros, o carrasco, etc.
Portugal é um dos grandes afectados pois a sua utilização do solo é predominantemente para exploração florestal e predomínio de arvoredos, o que faz do nosso país um alvo fácil para os incêndios, é preciso plantar culturas de prevenção e apertar a vigia nas florestas, matas e pinhais, dando uma maior importância à guarda-florestal e na procura de meios de defesa contra os incêndios, investindo em material e possibilitando instrumentos de trabalho aos bombeiros, elaborando também planos de contenção contra os incêndios e amenizando as consequências deles vindas.
Há que agir contra este fenómeno que está a destruir a flora portuguesa, as nossas matas, pinhais e florestas, investindo em ajudas contra a desflorestação e plantando espécies resistentes aos fogos.