sexta-feira, 22 de outubro de 2010

José Sócrates não corta nas viagens

José Sócrates não corta nas viagens
Em 2011, o primeiro-ministro tem a mesma verba para deslocações e estradas: 135 mil euros. Membros do Governo têm quase 2,6 milhões de euros
Chefe do Executivo tem procurado promover a economia portuguesa nas visitas oficiais
Jornal de notícias
20/10/2010
Comentário
Para nosso espanto ainda continuamos em crise e o orçamento de estado vem afectar-nos, a nós, o povo, directamente, que coisa mais estranha esta hein!
 Com todos os cortes orçamentais seria de esperar, pelo menos, que a verba para as deslocações diminuísse consideravelmente e deixássemos de patrocinar as idas e vindas de uns e outros que tem um poder de compra muito superior ao nosso, mas não! Para variar os cortes terão maior impacto nas classes mais baixas e são feitos para não prejudicar as mais altas, o ideal em vigor é: Bora lá roubar aos “pobres”, para alimentar os devaneios e gastos excessivos dos “ricos”.
Andam-se a passear pela Europa, mas… não há problema! Aqui os “camelos” [as classes mais baixas] é que apertam os cintos. Mas que raio de orçamento é que fazem que disponibilizam 135 mil euros para viagens, chegando membros do governo a ter 2,6 milhões de euros.
Eu não tenho a certeza, mas andamos a eleger para a política, gente que não sabe contar?! É completamente inadmissível que os políticos recebam balúrdios para se andarem a passear pela Europa, uma casa em Paris, uma casa em Barcelona, uma casa em Roma, uma casa em Sófia, uma casa em Atenas, uma casa em Berlim, uma casa em… e nós andamos aqui a jogar Monopólio, é que é muito giro de ao fim de 4 casinhas se poder por hotel e ir recebendo cada vez que alguém lá pára, mas quando os outros jogadores [o estado] ficarem sem ter com que pagar e não possam pedir à banca [população activa] porque também esta está lisa de lhe terem roubado tanto, então ai é que vamos ver!
Vamos lá esfolar os pobres enquanto pudermos, quando já não conseguirmos espremer mais pede-se ajuda à UE, mas a pergunta é esta: será que os outros países estarão dispostos a ajudar-nos tal como nós fomos amiguinhos e ajudámos a Grécia? Claro que sim! Eles irão de certo responsabilizar-se pelos nossos erros! E talvez dar-nos também 770 milhões de euros, países esses que também se encontram em crise.
Se a atitude do governo continuar esta, a de tirar ao pobre para depois dar ao rico, não sei não. Vejamos uma coisa, quando falamos em nação portuguesa o que é que nos vem à cabeça, o povo ou os políticos? À minha vem o povo, e se nação é uma palavra tão pomposa e que parece ter um grande valor e uma grande importância, porque é que não age? Porque é que temos de nos limitar às ordens do governo que nos prejudicam, se já agimos antes, do que é que precisamos agora para agir também? Não digo para fazermos uma guerra, mas para lutarmos por nós e pelos nossos interesses. Aquele grande povo, os grandes dos descobrimentos, é agora um povo fraco e incapaz de lutar por si mesmo, que assimila as ordens e volta a votar nos mesmos, vezes e vezes sem conta.
Cheguei, por isso, à conclusão de que qualquer um que seja capaz de declamar, mais concretamente berrar qualquer coisa, os portugueses até podem não perceber patavina do que o politico disse mas… como falou bem, é sem dúvida a pessoa indicada para o cargo, vamos pô-lo no governo!
Nós não precisamos de pessoas que falem bem, mas que ajam bem e defendam os nossos interesses!





Época de incêndios termina amanhã com a maior área ardida dos últimos 4 anos
09h38m
A época mais crítica em incêndios florestais termina, amanhã, quinta-feira, num verão que ficou marcado pela morte de três bombeiros e a maior área ardida dos últimos quatro anos.
Durante a fase "Charlie" de combate a incêndios, que começou a 01 de Julho e termina na quinta-feira, estiveram operacionais perto de 10 mil elementos, 2177 veículos e 56 meios aéreos, além dos 236 postos de vigia da responsabilidade da GNR.  
Com um dispositivo praticamente idêntico ao dos anos anteriores, os fogos florestais não deram tréguas aos bombeiros sobretudo na primeira quinzena de Agosto, quando os incêndios consumiram 49 389 hectares de florestas.
Segundo os últimos dados da Autoridade Florestal Nacional (AFN), os fogos florestais consumiram até 15 de Setembro quase 117 949 hectares, mais 58 por cento do que no mesmo período do ano passado.
Dos quase 118 mil hectares ardidos, 90 818 foram o resultado dos 9222 incêndios que deflagraram em Agosto.
A área ardida este ano é a maior dos últimos quatro anos, embora esteja longe dos 418 330 e 312 062 verificados em 2003 e 2005, respectivamente.
Já as ocorrências registaram uma ligeira descida, tendo-se verificado, até 15 de Setembro, 19 567 fogos, menos 93 do que em igual período do ano passado.  
Segundo o relatório, o distrito da Guarda contabiliza a maior área ardida (23 345 hectares), seguindo-se os distritos de Viana do Castelo (19 877), Vila Real (18 751) e Viseu (15 321). Estes distritos perfazem mais de "três quartos da área ardida".
O maior incêndio deflagrou no concelho de São Pedro do Sul (Viseu) e consumiu cinco mil hectares de floresta.
Foi a caminho do combate a este fogo que faleceu um dos três bombeiros mortos este ano. O bombeiro de Alcobaça morreu na sequência do despiste do autotanque de combate a incêndios onde seguia com mais quatro elementos da corporação.
Também um acidente vitimou o segundo comandante dos bombeiros de Cabo Ruivo, que fazia parte de uma equipa que ia combater fogos na zona do Porto.
Outro dos bombeiros mortos foi uma mulher de 20 anos, que pertencia à corporação de Lourosa, Santa Maria da Feira, e estava a combater um incêndio no concelho de Gondomar.
A partir de sexta-feira e até 31 de Outubro, entrará em vigor a fase "Delta" de combate a incêndios florestais, sendo o dispositivo composto por cerca de 5450 elementos e 1230 veículos.
Os bombeiros vão ter ainda ao dispor, até 15 de Outubro, 19 meios aéreos e a partir do dia 16 serão no máximo sete disponibilizados pela Empresa de Meios Aéreos (EMA), que serão activados segundo a avaliação do perigo e do risco de incêndio.
Jornal de Noticias, 29 de Setembro 2010
Este ano os incêndios demonstraram-se bastante preocupantes, a área ardida é enorme e parece-se que é quase impossível evitá-los.

Comentário
      Penso que não estou sozinha ao achar que a maior parte dos incêndios são fogo posto para servir os interesses de uns e de outros, ainda no passado mês de Agosto, todos os fogos que ocorreram nas serras da amareleja e Gerês apareceram em pequenos focos aqui e ali, em localizações onde não há nem passa ninguém, o que me leva a crer que estes fogos são causados pelas grandes madeireiras que pretendem ficar a ganhar com isso, usando depois essas madeiras para produzir carvão por exemplo, aliás, das estradas estreitas e de terra entre os fogos avistei no mês passado um camião que vinha desses mesmos focos com madeira, pertencente a uma madeireira. Para além de desflorestarem a terra os incêndios causam o pânico entre as populações que vêm muitas vezes os fogos perto de suas casas.
O nível de gravidade dos incêndios poderia ser evitado com a plantação de outras culturas, que mesmo que demore mais no seu desenvolvimento e crescimento, são mais resistentes aos incêndios como o sobreiro, a azinheira, os eucaliptos, os ulmeiros, o carrasco, etc.
Portugal é um dos grandes afectados pois a sua utilização do solo é predominantemente para exploração florestal e predomínio de arvoredos, o que faz do nosso país um alvo fácil para os incêndios, é preciso plantar culturas de prevenção e apertar a vigia nas florestas, matas e pinhais, dando uma maior importância à guarda-florestal e na procura de meios de defesa contra os incêndios, investindo em material e possibilitando instrumentos de trabalho aos bombeiros, elaborando também planos de contenção contra os incêndios e amenizando as consequências deles vindas.
      Há que agir contra este fenómeno que está a destruir a flora portuguesa, as nossas matas, pinhais e florestas, investindo em ajudas contra a desflorestação e plantando espécies resistentes aos fogos.
 

O Conselho de Segurança da ONU

O Conselho de Segurança da ONU

17h20m

Os 192 Estados membros da ONU votam, amanhã, terça-feira, para renovar cinco dos 10 lugares não permanentes do Conselho de Segurança.
O que é?
O Conselho de Segurança das Nações Unidas é um órgão com responsabilidades sobre a segurança mundial. O órgão tem o poder de autorizar uma intervenção militar em algum país. Todos os conflitos e crises políticas do mundo são tratados pelo conselho, para que haja intervenções militares ou missões de paz.

Quantos membros tem?
O Conselho de Segurança é composto por 15 membros, sendo cinco permanentes: EUA, França, Reino Unido, Rússia e República Popular da China. Cada um destes membros tem direito de veto. Os outros 10 membros são rotativos e têm  mandatos de dois anos, iniciando-se a 1 de Janeiro. Cinco são substituídos a cada ano.

Eleição dos 10 membros

Os membros são escolhidos por grupos regionais: África, Américas, Ásia e Europa Ocidental (elegem dois cada) e Leste Europeu (elege um). A última posição é alternadamente, cada dois anos, da Ásia ou da África, Actualmente é da Ásia.

Actuais membros eleitos

Os membros eleitos actuais são: Bósnia e Herzegovina, Brasil, Gabão, Líbano, Nigéria, Áustria, Japão, México, Turquia e Uganda. Estes últimos cinco vão ver os seus mandatos terminados a 31 de Dezembro próximo.

Votação
Uma resolução do Conselho de Segurança é aprovada se tiver a maioria de nove dos 15 membros. Um voto negativo de um membro permanente configura um veto à resolução.
Jornal de noticias

Comentário
Eu penso que a ONU é extremamente importante num mundo em que a guerra é fácil, os governos quando deparados com oposição aos seus ideais, às suas escolhas, aos seu caprichos, não conseguindo chegar a consenso tendem a partir para a agressão, Aqui intervém a ONU como mediadora de conflitos e detentora de guerras quando o consegue, tentando sempre resolve-las da melhor forma através do diálogo, daí que a escolha dos membros seja importante pois uma má escolha, dará uma má gestão do Conselho de Segurança o que pode levar a que se desenvolvam conflitos desnecessários ou há tomada de partidos nesses mesmos conflitos ou até mesmo ao despoletar de uma guerra mundial, visto que o conselho “tem a faca e o queijo na mão” e basta uma potência querer despoletar uma guerra que as outras com medo de represálias ou de perder apoios concordam, se bem que a meu ver já estamos em guerra química pois todos estes surtos de doenças como a gripe das aves e a gripe suína tem muitos interesses por detrás.
Crise acende rastilho para nacionalismo e depressões
Combate ao défice poderá agravar problemas mentais, bolsas de pobreza e desregular Estado social. Especialistas alertam que ainda não vimos tudo e que o pior poderá estar para surgir
00h21m
Nuno Miguel Ropio
Tristeza, desespero e pobreza podem ser as consequências das medidas de austeridade do Governo, que, em último caso, descambarão em nacionalismos exacerbados e até em implicações na saúde pública. A classe média será particularmente sensível a tais efeitos.
Parecem estar nos últimos dias a histeria e o consumo desenfreado dos portugueses, iniciados nos anos de 1990, como se não houvesse um amanhã. A síndrome do "centro comercial" e dos padrões de vida à laia do que "não é, mas gostava de ser", estão agora a desembocar num refrear dos gastos.
Os tempos de incógnita, quanto ao aperto doloroso imposto pelo Estado, conduzirão a um sentimento de ansiedade generalizada. E, daí, até ao descontentamento social, políticas antiliberais e ultra nacionalismos - segundo analistas das massas sociais - poderá ser um pequeno passo colectivo. Aliás, a força dos nacionalistas na Suécia e Holanda ou as políticas francesas de migração são disso um exemplo.
Para o psicólogo social João Manuel Oliveira, as medidas contra o défice "podem implicar, aliadas aos cortes de benefícios sociais, a perpetuação de situações de exclusão social e de alargamento de bolsas de pobreza".
"Há grupos mais susceptíveis, como sejam as mulheres, os idosos ou pessoas com níveis escolares mais baixos", refere o investigador do Birbeck College da Universidade de Londres. Quanto às reacções? "Podem ser variadas, com implicações na saúde, em particular na saúde mental. Nomeadamente nas depressões e nas adições", responde.
Não sendo a primeira vez que os portugueses se deparam com a sua debilidade económica, a actual conjuntura de crise pode potenciar os seus sentimentos de "tristeza, melancolia e desespero". "Agrava, ainda mais, o ciclo negativo em que certos sectores da população se podem encontrar. Além de retardar as possibilidades de reagir à situação", sublinha.
Classe média a mais atingida
João Madeira, investigador do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa, aponta as principais vítimas da austeridade anunciada pelo Governo: "As classes médias. São sensíveis a este tipo de políticas, que afectam directamente estatutos adquiridos recentemente".
"A crise financeira de 1929 levou ao fortalecimento da corrente autoritária. Não estamos em situação igual mas vemos pressões transnacionais a colidir com a estrutura liberal das democracias", compara o historiador.
"Medidas duríssimas levam ao aumento do desemprego e são exploradas por uma classe política com menos escrúpulos, como se passa em França, onde com os ciganos, não sendo um problema directamente decorrente, se procura criar espaço perante uma situação de desencanto e descontentamento", diz, frisando que se assiste à "tentativa de desregulação do Estado Social e de direitos civilizacionalmente adquiridos a partir do final da II Guerra Mundial".
O presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza, padre Jardim Moreira, acredita que "a sociedade civil portuguesa não está a saber reagir às medidas anunciadas, porque não percebeu o seu impacto". "Estamos perante o princípio do fim de um sistema, que já deu sinais que a preocupação é o lucro e não o combate à exclusão social, coadjuvado por um poder político cego", defende.
Certo é que, perante a falta de memória da entrada do Fundo Monetário Internacional em Portugal, em 1983, para salvar o país da bancarrota, a preocupação do futuro próximo é transversal aos portugueses, independentemente da idade, profissão ou credo.


Comentário

A crise já não é novidade e os cortes governamentais nas classes inferiores e médias também não, a situação está complicada e a sociedade de consumo em que vivíamos está a dar ares de decadência, cada vez se torna mais difícil manter o estilo de vida consumista, as pessoas estão a apertar os cintos. As novas medidas do Estado para baixar o défice não trarão só consequências a nível económico mas também a nível psicológico, a população tem mostrado alguma ansiedade e tal poderá levar ao descontentamento social, a políticas antiliberais e a ultra nacionalismos, sendo esta uma crise cíclica, os comportamentos também não diferem muito dos anteriores, existindo de facto um padrão.
Diminuição do poder de compra à aumento dos preços à dificuldade de escoamento da produção à Falência de empresas à desemprego e redução de ordenados à Pobreza e exclusão social à medidas rígidas aplicadas pelo governo à descontentamento social à políticas antiliberais e ultra nacionalismos
Ainda não chegámos a este extremo mas os primeiros pontos como a falência de empresas, o desemprego, a pobreza e exclusão sociais, as medidas tomadas pelo governo que entrarão em vigor já no próximo ano e a ansiedade generalizada sentida pelas classes baixa e média causam um sentimento de injustiça e de incapacidade por parte do governo de resolver a situação. A meu ver como é possível o governo dizer que temos de apertar os cintos e depois ir comprar submarinos e querer construir o TGV, só para fazer vista grossa e nós a classe mais baixa e média arcamos com a redução das ajudas sociais, com o aumento do preço do pão, com o aumento dos descontos por quem ganha menos, realmente esta situação segue um padrão que nos é comum a crises anteriores e ainda não se vê uma luz ao fundo do túnel, o que é preocupante e nos deixa com uma imagem de incompetência por parte do governo, que ainda é capaz de dizer que é uma situação difícil para ele, então e para nós?! As maiores dificuldades recaiem sobre nós, somos nós que ficamos desempregados, somos nós que chegamos ao final do mês e temos contas para pagar, somos nós que lutamos diariamente para pôr comida na mesa, somos nós… e o que se ouve constantemente é que nós vamos ficar prejudicados, nós vamos ter que apertar os cintos e o governo ainda diz que é uma situação complicada para ele, eu penso que este governo é totalmente incapaz de pensar no povo, vivemos numa república e o bem-estar do povo não é tomado em consideração pelo governo, porque o povo de certeza que não quer que lhe tirem “o pão de cada dia”.