15h56m
O número de estrangeiros residentes em Portugal diminuiu 0,8% entre 2008 e 2009 para cerca de 443 mil pessoas, contrariamente ao que sucedeu em Espanha, onde a população residente estrangeira aumentou 7% ultrapassando os 5,6 milhões.
Em 2008 a população residente estrangeira em Portugal atingia as 446.333 pessoas, número que baixou em 2009 para as 443.102 pessoas. Paralelamente, o número de residentes nacionais aumentou ligeiramente, passando de 10,17 milhões de pessoas em 2008 para 10,18 milhões em 2009.
Os dados são da Pordata, uma base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, que a partir de hoje, quarta-feira, disponibiliza também dados estatísticos europeus.
Já em Espanha, o número de residentes estrangeiros cresceu de 5.262.095 em 2008 para 5.650.968 em 2009, um aumento de 7%.
Consequentemente, em Espanha, a proporção de população estrangeira em relação à população nacional também aumentou, e se em 2008 havia 11,6 cidadãos estrangeiros por cada cem nacionais, em 2009 esse valor passou para 12,3.
Em Portugal, o valor estagnou entre 2008 e 2009, não ultrapassando os 4,2 estrangeiros por cada cem residentes nacionais.
Em relação à emigração, os dados mostram que em Portugal, entre 2007 e 2008, houve uma quebra nos valores, diminuindo de 26.800 para 20.357 as pessoas que optaram por viver fora do país.
Por fim, em relação ao saldo migratório, ou seja, a diferença entre o número de entradas e saídas por migração internacional ou interna, Portugal registou um aumento significativo entre 2008 e 2009, passando de 9.361 pessoas para 15.048.
Esse valor mantém o saldo populacional português positivo, ao equilibrar com o saldo natural, a diferença entre o número de nados-vivos e o número de mortes num determinado período. Isto porque como em 2008 o saldo natural foi de 314 pessoas e o saldo migratório de 9.361, o país conseguiu um saldo populacional de 9.675 pessoas.
3/11/2010
Comentário
A notícia de que o número de estrangeiros em Portugal diminuiu já seria esperada de certa forma, pois as pessoas emigram dos seus países de origem em busca de melhores condições de vida e de trabalho, a partir do momento em que Portugal está em crise e encontramo-nos em dificuldades: cada vez mais a perder a qualidade de vida e a ficar desempregados, logo, como é que o país pode ajudar e apoiar pessoas exteriores a ele, se não se ajuda a ele próprio. Quando dizemos que o número de residentes nacionais aumentou ligeiramente, o que também seria de esperar, a meu ver significa que os emigrantes portugueses no estrangeiro, quando começaram a ver as coisas apertadas no país onde se encontravam, voltaram para Portugal na esperança de este não ser tão afectado, o mesmo aconteceu aquando da 1ª guerra mundial (apesar de situações distintas) também “meteram o rabinho entre as pernas” e voltaram. Quando a situação é má para todos e em todo o lado a solução é voltar a casa, pelo menos se se “morrer”, “morre-se” em casa, o chamado patriotismo português. Não admira que a Espanha tenha continuado a receber imigrantes e as taxas aumentado pois também a vida é mais barata, não tem um IVA tão elevado, o IVA aumentou apenas 2% ficando 18% e em Portugal o IVA é de 21% e ainda aumentará após Julho de 2011 para 23%, realmente é muito estranho ter aumentado a população residente e imigrantes em Espanha.A partir do momento em que sai mais barato viver num pais do que noutro, em Espanha neste caso, é lógico que um imigrante escolhe um pais em que a vida seja/saia mais barata, beneficiando disso em relação ao seu país de origem.
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