quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Avião cai depois de pilotos recusarem bombardear Benghazi

Um avião militar despenhou-se hoje quando os pilotos se ejectaram por se recusarem a bombardear a cidade de Benghazi e outra localidade, no leste do país, controlada pelos opositores do líder da Líbia, Muammar Kadhafi, noticiou um jornal líbio.
De acordo com o diário Quryna, que cita um coronel do exército na base militar de Bnina, o avião era um Sukhoi-22 russo e despenhou-se perto da localidade de Ajdabiya, a cerca de 160 quilómetros a sudoeste de Benghazi.
O piloto e o copiloto, identificados como Abdelslam Atya e Ali Omar Kadhafi, recusaram bombardear a segunda cidade líbia e outra localidade na zona, tendo por isso saltado de paraquedas, indicou o Quryna, cuja redacção central se encontra em Benghazi.
Esta informação também foi divulgada pela cadeia de telvisão Al-Jazira, que citou o general do exército e chefe militar da região de Tobruk, Suleiman Mahmud.
 
COMENTÁRIO:
A meu ver estes conflitos são despropositados, ninguém tem o direito de matar ou magoar ninguém e penso que se quem se recusou a bombardear a cidade de Benghazi, se tal acção não teve por detrás interesses pois já tudo é de esperar, teve uma atitude digna demonstrando que não se deve magoar inocentes pois quando falamos de interesses “não há um bem maior”, não se sacrificam vidas quando tal pode ser evitado. Se esses homens tivessem bombardeado as cidades não seriam mais do que assassinos, tal como a pena de morte aquele que tem de matar o condenado torna-se um assassino sem nada ter feito para o merecer senão o cumprimento de uma ordem. Eu nem sei porque existem guerras porque quem se sacrifica não é aquele que manda matar é aquele que mata, aliás, apesar de parecer insana a ideia creio que resultaria e acabaria com as desgraças e devastações causadas pela guerra se fizéssemos um retrocesso no tempo, por exemplo, no caso de guerra entre países, manda-se um paladino, visto que são os presidentes quem dá as ordens, faz todo o sentido que sejam eles a defrontar-se directamente até, o que sobrevivesse ganhava a “guerra”, isto vinha acabar com as despesas da guerra, com a devastação provocada pela guerra, com os prisioneiros de guerra, com a fome causada pela guerra, com a destruição das infra-estruturas na guerra, com a morte causada pela guerra, no fundo acabaria com o próprio vocábulo “guerra”. Quanto aos conflitos internos dos países, dado a recusa a resolver as coisas a bem adopta-se o mesmo estratagema, só anda à batatada quem quer. Isto vinha prejudicar o lucro da venda de armas e os interesses de uns e outros países, deve ser por isso que uma ideia tão estapafúrdia mas eficaz como esta ainda não veio a público pronunciada por nenhum “líder”, não nos podemos esquecer também que a boa vontade que os presidentes e os lideres de revoluções põe nas lutas não é porque estariam prontos a morrer pela causa, mas sim porque sabem que nunca morrerão por ela pois quem se confronta directamente são aqueles que deixam a mulher e os filhos e “seguem ordens”, ordens de cobardes, quem é o cobarde afinal? É aquele que se recusa, por exemplo, a bombardear uma cidade de inocentes ou aquele que manda bombardear porque coragem não tem para se enfiar num avião e fazê-lo, mas claro assim poderia morrer, alguma coisa poderia correr mal e morrer… o melhor é não arriscar, afinal podemos sempre, desde que tenhamos poder, mandar outro arriscar o seu pescoço por nós. O descontentamento existe e sempre existirá mas cabe a nós tentar resolvê-lo da melhor maneira.
 Uns matam-se por ideais, outros por modelos políticos, outros por dinheiro, outros por poder, outros por ressentimento, outros por vingança, outros por prazer, outros porque lhes dizem, outros porque os obrigam, outros porque sim, outros por crenças, outros porque se sentem ameaçados, outros porque são de facto ameaçados, outros porque ameaçam e outros nem sabem porque o fazem, mas no fim existe uma e só uma coisa que TÊM EM COMUM e não é o motivo mas o facto de todos terem morto alguém, O FACTO DE TODOS SE TEREM TORNADO ASSASSINOS.
Tudo isto parece um disparate, mas tudo isto parece tão certo, tudo isto parece impossível mas ao mesmo tempo tão possível, tudo isso parece imaginação mas ao mesmo tempo tão real e tudo isto parece mentira mas tão verdade, no fundo tudo isto parece ilusão mas ao mesmo tempo bastava alguém com poder proferir o que disse agora e não seriam consideradas palavras insanas nem vãs, seriam palavras e nisso haveria acordo, mas palavras de mudança e não de conformismo e esperança.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Abandono - Idosos

Abandono
“Estes tristes casos devem envergonhar”
Mais dois idosos foram encontrados mortos em casa, em Cascais e Montemor-o-Velho
Comentário:
A meu ver um dos grandes problemas em Portugal é o abandono dos idosos. Portugal é um país com uma pirâmide etária idosa e o índice de envelhecimento é elevado mas isso em nada se prende com o abandono dos mais idosos à sua sorte. O que se verifica é que não existe em Portugal respeito pelos mais idosos e se achamos cruel e se se calhar até abominamos, por exemplo, o que alguns índios da Califórnia fazem aos velhos como estrangula-los ou abandoná-los nas estradas, nós não ficamos atrás porque por e simplesmente ignoramo-los muitas vezes. As pessoas esquecem-se que ninguém é jovem para sempre e que se os seus filhos fizerem o mesmo que eles fizeram aos seus pais, não irão gostar. Ainda a responsabilidade não cabe só à família mas também ao Estado pois muitos idosos até podem nem ter já família por algum motivo e é aí que cabe ao Estado intervir e investir no voluntariado neste tipo de situações e facilitar mais ainda, aliás, os medicamentos para os mais idosos deveriam ser completamente grátis.
Os idosos que vivem sozinhos quer por terem maus filhos ou por outro motivo qualquer deveriam receber o apoio necessário e ainda o Estado devia encarregar pessoal de todas as semanas ir a casa dos ditos cujos ver se estão bem e as condições em que se encontram a viver, para se for necessário ajudar e ainda arranjar transporte para os levar e trazer do hospital, ver quais aqueles que já nem podem andar e trazer-lhes as compras a casa e arranjar voluntários para lhes darem as condições mínimas de sobrevivência.
Ao contrário do que se pensa é muito comum morrem idosos abandonados e só se descobrir semanas e até meses depois, tal até já aconteceu a uma senhora aqui num prédio ao lado que esteve meses morta e só quando os vizinhos já não aguentavam o cheiro é que chamaram alguém para saber o que se passava e o mais inacreditável é que tinha família e esta nem se preocupou por a senhora não dar noticias há meses. Não podemos transformar-nos em seres insensíveis pois um dia seremos nós e um dia serão os nossos filhos e os nossos netos, será que queremos isso para eles? Porque que transmitimos-lhes isso e é este exemplo que as gerações futuras irão seguir, há que mudar, começando por nós.

VATICANO - Católicos não se podem confessar pelo iPhone

É a resposta a uma aplicação da Apple que alegadamente teria sido desenvolvido por representantes da Igreja dos Estados Unidos.
Um porta-voz do Vaticano referiu hoje que nenhum programa ou aplicação pode substituir a confissão. Por isso, de acordo com Federico Lombardi, não faz sentido "confessar-se através do iPhone" e da ferramenta chamada "Confession".
Lombardi lembrou ainda que a confissão é um diálogo entre uma determinada pessoa e o padre, cabendo ao confessor dar a absolvição. Ou seja, nenhum programa pode
servir como alternativa. O porta-voz espera ainda que a aplicação do iPhone "não seja um negócio alimentado de uma realidade religiosa e espiritual".
A aplicação para iPhone chama-se "Confession: A Roman Catholic App" e, alegadamente, teria sido desenvolvido com a colaboração de representates da Igreja dos Estados Unidos. Custa 1,59 euros e pretende ajudar o utilizador a fazer um exame de consciência. Inclui os mandamentos, uma lista de pecados, a data da última confissão e sete preces diferentes.

COMENTÁRIO:
A meu ver esta notícia vem demonstrar o ridículo do mundo actual, ao ponto a que chegámos que até já surge a hipótese de uma confissão através do iPhone. Isto é algo trágico. Desde quando é uma confissão se torna algo banal sem significado nem espiritual nem psicológico para a pessoa.
Se toda a gente se passasse a confessar por uma aplicação, a absolvição não faria mais sentido e o mais grave as pessoas deixariam de reflectir sobre os seus actos, porque a absolvição é um alívio da consciência e existe uma necessidade das pessoas terem noção do que fazem, tanto a elas próprias como aos outros. O plano espiritual não pode ser simplificado porque o que lhe dá sentido é a sua complexidade, era tudo mais fácil se nos confessássemos pelo iPhone e até poderíamos mandar alguém confessar-se por nós. O ser humano precisa da crença para sobreviver e se lhe a tiram, não resta nada.
Esta aplicação só foi criada para que os que mais pesada têm a consciência pelos seus actos continuem impunes porque maior castigo é saber que fizemos algo errado e agora temos de aprender a viver com isso, não é absolvição que muda as acções, esta é só um modo de nos sentirmos melhores e seguirmos com a vida. Antes de alguém nos perdoar, nós temos de nos perdoar a nós mesmos porque não devemos viver do perdão alheio, aliás, nós não devemos viver com o perdão, devemos fazer pelo perdão. Esta ideia estapafúrdia não cabe na cabeça de Padre nem Bispo nem de arcebispo nem de Papa algum, isto é uma maneira fácil de reduzir a fila diária no confessionário, literalmente. As pessoas não sabem lidar com o que fazem e se não conseguem lidar com isso, não o façam e escusam de se cansar a sair de casa, benzer-se com água benta à entrada da igreja e fingir que estão arrependidos porque são poucos, mas muitos poucos que se voltassem atrás não fariam o mesmo e foi para esses (os que não se arrependem) que esta aplicação foi inventada e não para aqueles que de facto acreditam, aqueles que tentar corrigir os seus erros com acções e não com perdões, porque a errar toda a gente tem direito mas há que admitir o erro e tentar emendá-lo, não é pedir perdão e absolvição e ir para casa dormir descansado. Eu não sou baptizada, nem tenho religião, confessar? Confesso a mim mesma pois toda mas toda agente tem a capacidade de distinguir o bem do mal, o certo do errado, a única diferença é que nem toda a gente sabe escolher o bem e certo ou certamente bem, são as nossas acções que fazem de nós quem somos e não as acções que fazem por nós porque ouvir e assimilar é fácil, o difícil é assimilar sem ouvir. Todos sabemos, desde o ateu ao judeu, ao budista, ao cristão, ao protestante… todos sabemos que esta aplicação é uma farsa, até o ateu sabe! Porque até esse tem de acreditar em algo, quer seja na natureza: na água dos riachos, no sol que brilha, na chuva que cai, na nuvem que passa, na relva que cresce, no brilho do mar, no acto de respirar; quer noutra coisa qualquer. Até para esses que não acreditam, esses devem achar isto um acto de loucura porque faz tanto sentido como para eles cheirar uma flor num ecrã, sentir o sol através de uma lanterna (dia e noite ligada), sentir o frio do vento e o calor do verão porque o ar condicionado está ligado, respirar através de garrafas de oxigénio… isto é só o inicio do fim. No fundo concordo com a decisão de não ir com isto para a frente, mas não porque iriam padres para o “desemprego” porque sejamos francos muitos são aldrabões e quem são eles para nos absolver se são muitos deles que precisam de absolvição, é triste dizer isto dos homens de Deus, mas a verdade é que deixaram de o ser há muito e os que ainda são não irão conseguir mudar este mundo imperfeito, mas pelo menos não devem permitir que se torne mais. O homem tornou-se previsível e os seus actos mesquinhos e cruéis também porque existe uma lista de pecados pré-feita, se isto é normal então eu e muitos outros somos perfeitos anormais, somos anormais e em todos os sentidos da palavra e queremos continuar a sê-lo porque é essa anormalidade que nos garante a esperança em algo melhor, num mundo melhor ou o ver o melhor que há neste mundo porque cada vez mais a cegueira se espalha e a única coisa que espero é que Saramago fosse um visionário e que todos no fim voltaremos a ver, que quando pensarmos junto à janela que vamos cegar, abramos os olhos e vejamos o mundo no seu esplendor e possamos dizer: Agora todos vemos e estamos aqui.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Cadela que 'fala' torna-se êxito na Internet

Chama-se ‘Mishka’ e é um ‘husky’ de oito anos que tem feito furor na Internet por reproduzir cerca de uma dúzia de palavras.
O vídeo que circula no You Tube já foi visto cerca de 20 milhões de vezes e é possível ver a cadela a "dizer" expressões como ‘I Love You' (‘Amo-te), ‘How Are You' (‘Como Estás') ou ‘Obama' (‘Obama').
O êxito do animal já chegou à televisão, com ‘Mishka' a mostrar os seus dotes em vários ‘talk shows' norte-americanos.

Ao site ‘PeoplePets.com', a dona Gardea, de 31 anos, reagiu ao impacto dos vídeos: "O que gosto ao partilhar [vídeos] é que fazem muita gente feliz. E isso é muito divertido - fazer a diferença assim."
Comentário:
Na minha opinião, se é que a tenho porque isto é completamente insólito, se todos os animais falassem, isto é uma coisa única na história. Esta cadela demonstra o que a interacção entre o homem e o animal pode conseguir. Se pudéssemos falar com os animais tudo era mais fácil ou não. Pois aquela expressão “compra um cão” já não se aplicaria. Na realidade penso que toda a gente gostaria de falar com os animais, a questão é se pudéssemos, quer dizer impossível já não é como se pode ver mas se calhar tinha-se evitado muitos conflitos ou criado mais, quem sabe? Nada é completamente positivo tem sempre o lado menos bom. As pessoas muitas vezes falam com os animais porque precisam que alguém os oiça. Um animal ouve e não responde ou não respondia e se passar a responder? Será que tudo se manterá igual ou iríamos destruir também essa relação, já que o humano tem queda para destruir a natureza. Já tinha ouvido falar de cães que sabiam fazer contas mas falar nunca. Eu tenho um cão e ele percebe quase tudo o que lhe dizemos, sabe quando faz mal e quando não faz, sabe o que quer e o que fazer para o ter, como todos os animais. Se os animais falassem será que as relações entre humanos se deteriorariam? Será que o mundo seria melhor e mais equilibrado? Será que nos transformaríamos num Dr. Dolittle? No fundo será que estamos a confundir a realidade? Será que no fundo só buscamos por uma resposta para a nossa existência? Será que de facto a reencarnação existe e a Mishka tem a capacidade de relembrar acções de uma vida anterior? Se existe, será que somos todos assassinos? Quantas e quantas vezes não matamos moscas, será que estamos a matar alguém que conhecemos e reencarnou? Será que tudo isto é loucura? Será que não é? Muitas perguntas e nenhuma resposta. O meu comentário esta semana baseia-se nisso mesmo: em não responder a perguntas mas sim fazer pensar nelas, cada um que formule as suas, basta ver o vídeo.
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