Um avião militar despenhou-se hoje quando os pilotos se ejectaram por se recusarem a bombardear a cidade de Benghazi e outra localidade, no leste do país, controlada pelos opositores do líder da Líbia, Muammar Kadhafi, noticiou um jornal líbio.
De acordo com o diário Quryna, que cita um coronel do exército na base militar de Bnina, o avião era um Sukhoi-22 russo e despenhou-se perto da localidade de Ajdabiya, a cerca de 160 quilómetros a sudoeste de Benghazi.
O piloto e o copiloto, identificados como Abdelslam Atya e Ali Omar Kadhafi, recusaram bombardear a segunda cidade líbia e outra localidade na zona, tendo por isso saltado de paraquedas, indicou o Quryna, cuja redacção central se encontra em Benghazi.
Esta informação também foi divulgada pela cadeia de telvisão Al-Jazira, que citou o general do exército e chefe militar da região de Tobruk, Suleiman Mahmud.
COMENTÁRIO:
A meu ver estes conflitos são despropositados, ninguém tem o direito de matar ou magoar ninguém e penso que se quem se recusou a bombardear a cidade de Benghazi, se tal acção não teve por detrás interesses pois já tudo é de esperar, teve uma atitude digna demonstrando que não se deve magoar inocentes pois quando falamos de interesses “não há um bem maior”, não se sacrificam vidas quando tal pode ser evitado. Se esses homens tivessem bombardeado as cidades não seriam mais do que assassinos, tal como a pena de morte aquele que tem de matar o condenado torna-se um assassino sem nada ter feito para o merecer senão o cumprimento de uma ordem. Eu nem sei porque existem guerras porque quem se sacrifica não é aquele que manda matar é aquele que mata, aliás, apesar de parecer insana a ideia creio que resultaria e acabaria com as desgraças e devastações causadas pela guerra se fizéssemos um retrocesso no tempo, por exemplo, no caso de guerra entre países, manda-se um paladino, visto que são os presidentes quem dá as ordens, faz todo o sentido que sejam eles a defrontar-se directamente até, o que sobrevivesse ganhava a “guerra”, isto vinha acabar com as despesas da guerra, com a devastação provocada pela guerra, com os prisioneiros de guerra, com a fome causada pela guerra, com a destruição das infra-estruturas na guerra, com a morte causada pela guerra, no fundo acabaria com o próprio vocábulo “guerra”. Quanto aos conflitos internos dos países, dado a recusa a resolver as coisas a bem adopta-se o mesmo estratagema, só anda à batatada quem quer. Isto vinha prejudicar o lucro da venda de armas e os interesses de uns e outros países, deve ser por isso que uma ideia tão estapafúrdia mas eficaz como esta ainda não veio a público pronunciada por nenhum “líder”, não nos podemos esquecer também que a boa vontade que os presidentes e os lideres de revoluções põe nas lutas não é porque estariam prontos a morrer pela causa, mas sim porque sabem que nunca morrerão por ela pois quem se confronta directamente são aqueles que deixam a mulher e os filhos e “seguem ordens”, ordens de cobardes, quem é o cobarde afinal? É aquele que se recusa, por exemplo, a bombardear uma cidade de inocentes ou aquele que manda bombardear porque coragem não tem para se enfiar num avião e fazê-lo, mas claro assim poderia morrer, alguma coisa poderia correr mal e morrer… o melhor é não arriscar, afinal podemos sempre, desde que tenhamos poder, mandar outro arriscar o seu pescoço por nós. O descontentamento existe e sempre existirá mas cabe a nós tentar resolvê-lo da melhor maneira.
Uns matam-se por ideais, outros por modelos políticos, outros por dinheiro, outros por poder, outros por ressentimento, outros por vingança, outros por prazer, outros porque lhes dizem, outros porque os obrigam, outros porque sim, outros por crenças, outros porque se sentem ameaçados, outros porque são de facto ameaçados, outros porque ameaçam e outros nem sabem porque o fazem, mas no fim existe uma e só uma coisa que TÊM EM COMUM e não é o motivo mas o facto de todos terem morto alguém, O FACTO DE TODOS SE TEREM TORNADO ASSASSINOS.
Tudo isto parece um disparate, mas tudo isto parece tão certo, tudo isto parece impossível mas ao mesmo tempo tão possível, tudo isso parece imaginação mas ao mesmo tempo tão real e tudo isto parece mentira mas tão verdade, no fundo tudo isto parece ilusão mas ao mesmo tempo bastava alguém com poder proferir o que disse agora e não seriam consideradas palavras insanas nem vãs, seriam palavras e nisso haveria acordo, mas palavras de mudança e não de conformismo e esperança.
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