quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Avião cai depois de pilotos recusarem bombardear Benghazi

Um avião militar despenhou-se hoje quando os pilotos se ejectaram por se recusarem a bombardear a cidade de Benghazi e outra localidade, no leste do país, controlada pelos opositores do líder da Líbia, Muammar Kadhafi, noticiou um jornal líbio.
De acordo com o diário Quryna, que cita um coronel do exército na base militar de Bnina, o avião era um Sukhoi-22 russo e despenhou-se perto da localidade de Ajdabiya, a cerca de 160 quilómetros a sudoeste de Benghazi.
O piloto e o copiloto, identificados como Abdelslam Atya e Ali Omar Kadhafi, recusaram bombardear a segunda cidade líbia e outra localidade na zona, tendo por isso saltado de paraquedas, indicou o Quryna, cuja redacção central se encontra em Benghazi.
Esta informação também foi divulgada pela cadeia de telvisão Al-Jazira, que citou o general do exército e chefe militar da região de Tobruk, Suleiman Mahmud.
 
COMENTÁRIO:
A meu ver estes conflitos são despropositados, ninguém tem o direito de matar ou magoar ninguém e penso que se quem se recusou a bombardear a cidade de Benghazi, se tal acção não teve por detrás interesses pois já tudo é de esperar, teve uma atitude digna demonstrando que não se deve magoar inocentes pois quando falamos de interesses “não há um bem maior”, não se sacrificam vidas quando tal pode ser evitado. Se esses homens tivessem bombardeado as cidades não seriam mais do que assassinos, tal como a pena de morte aquele que tem de matar o condenado torna-se um assassino sem nada ter feito para o merecer senão o cumprimento de uma ordem. Eu nem sei porque existem guerras porque quem se sacrifica não é aquele que manda matar é aquele que mata, aliás, apesar de parecer insana a ideia creio que resultaria e acabaria com as desgraças e devastações causadas pela guerra se fizéssemos um retrocesso no tempo, por exemplo, no caso de guerra entre países, manda-se um paladino, visto que são os presidentes quem dá as ordens, faz todo o sentido que sejam eles a defrontar-se directamente até, o que sobrevivesse ganhava a “guerra”, isto vinha acabar com as despesas da guerra, com a devastação provocada pela guerra, com os prisioneiros de guerra, com a fome causada pela guerra, com a destruição das infra-estruturas na guerra, com a morte causada pela guerra, no fundo acabaria com o próprio vocábulo “guerra”. Quanto aos conflitos internos dos países, dado a recusa a resolver as coisas a bem adopta-se o mesmo estratagema, só anda à batatada quem quer. Isto vinha prejudicar o lucro da venda de armas e os interesses de uns e outros países, deve ser por isso que uma ideia tão estapafúrdia mas eficaz como esta ainda não veio a público pronunciada por nenhum “líder”, não nos podemos esquecer também que a boa vontade que os presidentes e os lideres de revoluções põe nas lutas não é porque estariam prontos a morrer pela causa, mas sim porque sabem que nunca morrerão por ela pois quem se confronta directamente são aqueles que deixam a mulher e os filhos e “seguem ordens”, ordens de cobardes, quem é o cobarde afinal? É aquele que se recusa, por exemplo, a bombardear uma cidade de inocentes ou aquele que manda bombardear porque coragem não tem para se enfiar num avião e fazê-lo, mas claro assim poderia morrer, alguma coisa poderia correr mal e morrer… o melhor é não arriscar, afinal podemos sempre, desde que tenhamos poder, mandar outro arriscar o seu pescoço por nós. O descontentamento existe e sempre existirá mas cabe a nós tentar resolvê-lo da melhor maneira.
 Uns matam-se por ideais, outros por modelos políticos, outros por dinheiro, outros por poder, outros por ressentimento, outros por vingança, outros por prazer, outros porque lhes dizem, outros porque os obrigam, outros porque sim, outros por crenças, outros porque se sentem ameaçados, outros porque são de facto ameaçados, outros porque ameaçam e outros nem sabem porque o fazem, mas no fim existe uma e só uma coisa que TÊM EM COMUM e não é o motivo mas o facto de todos terem morto alguém, O FACTO DE TODOS SE TEREM TORNADO ASSASSINOS.
Tudo isto parece um disparate, mas tudo isto parece tão certo, tudo isto parece impossível mas ao mesmo tempo tão possível, tudo isso parece imaginação mas ao mesmo tempo tão real e tudo isto parece mentira mas tão verdade, no fundo tudo isto parece ilusão mas ao mesmo tempo bastava alguém com poder proferir o que disse agora e não seriam consideradas palavras insanas nem vãs, seriam palavras e nisso haveria acordo, mas palavras de mudança e não de conformismo e esperança.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Abandono - Idosos

Abandono
“Estes tristes casos devem envergonhar”
Mais dois idosos foram encontrados mortos em casa, em Cascais e Montemor-o-Velho
Comentário:
A meu ver um dos grandes problemas em Portugal é o abandono dos idosos. Portugal é um país com uma pirâmide etária idosa e o índice de envelhecimento é elevado mas isso em nada se prende com o abandono dos mais idosos à sua sorte. O que se verifica é que não existe em Portugal respeito pelos mais idosos e se achamos cruel e se se calhar até abominamos, por exemplo, o que alguns índios da Califórnia fazem aos velhos como estrangula-los ou abandoná-los nas estradas, nós não ficamos atrás porque por e simplesmente ignoramo-los muitas vezes. As pessoas esquecem-se que ninguém é jovem para sempre e que se os seus filhos fizerem o mesmo que eles fizeram aos seus pais, não irão gostar. Ainda a responsabilidade não cabe só à família mas também ao Estado pois muitos idosos até podem nem ter já família por algum motivo e é aí que cabe ao Estado intervir e investir no voluntariado neste tipo de situações e facilitar mais ainda, aliás, os medicamentos para os mais idosos deveriam ser completamente grátis.
Os idosos que vivem sozinhos quer por terem maus filhos ou por outro motivo qualquer deveriam receber o apoio necessário e ainda o Estado devia encarregar pessoal de todas as semanas ir a casa dos ditos cujos ver se estão bem e as condições em que se encontram a viver, para se for necessário ajudar e ainda arranjar transporte para os levar e trazer do hospital, ver quais aqueles que já nem podem andar e trazer-lhes as compras a casa e arranjar voluntários para lhes darem as condições mínimas de sobrevivência.
Ao contrário do que se pensa é muito comum morrem idosos abandonados e só se descobrir semanas e até meses depois, tal até já aconteceu a uma senhora aqui num prédio ao lado que esteve meses morta e só quando os vizinhos já não aguentavam o cheiro é que chamaram alguém para saber o que se passava e o mais inacreditável é que tinha família e esta nem se preocupou por a senhora não dar noticias há meses. Não podemos transformar-nos em seres insensíveis pois um dia seremos nós e um dia serão os nossos filhos e os nossos netos, será que queremos isso para eles? Porque que transmitimos-lhes isso e é este exemplo que as gerações futuras irão seguir, há que mudar, começando por nós.

VATICANO - Católicos não se podem confessar pelo iPhone

É a resposta a uma aplicação da Apple que alegadamente teria sido desenvolvido por representantes da Igreja dos Estados Unidos.
Um porta-voz do Vaticano referiu hoje que nenhum programa ou aplicação pode substituir a confissão. Por isso, de acordo com Federico Lombardi, não faz sentido "confessar-se através do iPhone" e da ferramenta chamada "Confession".
Lombardi lembrou ainda que a confissão é um diálogo entre uma determinada pessoa e o padre, cabendo ao confessor dar a absolvição. Ou seja, nenhum programa pode
servir como alternativa. O porta-voz espera ainda que a aplicação do iPhone "não seja um negócio alimentado de uma realidade religiosa e espiritual".
A aplicação para iPhone chama-se "Confession: A Roman Catholic App" e, alegadamente, teria sido desenvolvido com a colaboração de representates da Igreja dos Estados Unidos. Custa 1,59 euros e pretende ajudar o utilizador a fazer um exame de consciência. Inclui os mandamentos, uma lista de pecados, a data da última confissão e sete preces diferentes.

COMENTÁRIO:
A meu ver esta notícia vem demonstrar o ridículo do mundo actual, ao ponto a que chegámos que até já surge a hipótese de uma confissão através do iPhone. Isto é algo trágico. Desde quando é uma confissão se torna algo banal sem significado nem espiritual nem psicológico para a pessoa.
Se toda a gente se passasse a confessar por uma aplicação, a absolvição não faria mais sentido e o mais grave as pessoas deixariam de reflectir sobre os seus actos, porque a absolvição é um alívio da consciência e existe uma necessidade das pessoas terem noção do que fazem, tanto a elas próprias como aos outros. O plano espiritual não pode ser simplificado porque o que lhe dá sentido é a sua complexidade, era tudo mais fácil se nos confessássemos pelo iPhone e até poderíamos mandar alguém confessar-se por nós. O ser humano precisa da crença para sobreviver e se lhe a tiram, não resta nada.
Esta aplicação só foi criada para que os que mais pesada têm a consciência pelos seus actos continuem impunes porque maior castigo é saber que fizemos algo errado e agora temos de aprender a viver com isso, não é absolvição que muda as acções, esta é só um modo de nos sentirmos melhores e seguirmos com a vida. Antes de alguém nos perdoar, nós temos de nos perdoar a nós mesmos porque não devemos viver do perdão alheio, aliás, nós não devemos viver com o perdão, devemos fazer pelo perdão. Esta ideia estapafúrdia não cabe na cabeça de Padre nem Bispo nem de arcebispo nem de Papa algum, isto é uma maneira fácil de reduzir a fila diária no confessionário, literalmente. As pessoas não sabem lidar com o que fazem e se não conseguem lidar com isso, não o façam e escusam de se cansar a sair de casa, benzer-se com água benta à entrada da igreja e fingir que estão arrependidos porque são poucos, mas muitos poucos que se voltassem atrás não fariam o mesmo e foi para esses (os que não se arrependem) que esta aplicação foi inventada e não para aqueles que de facto acreditam, aqueles que tentar corrigir os seus erros com acções e não com perdões, porque a errar toda a gente tem direito mas há que admitir o erro e tentar emendá-lo, não é pedir perdão e absolvição e ir para casa dormir descansado. Eu não sou baptizada, nem tenho religião, confessar? Confesso a mim mesma pois toda mas toda agente tem a capacidade de distinguir o bem do mal, o certo do errado, a única diferença é que nem toda a gente sabe escolher o bem e certo ou certamente bem, são as nossas acções que fazem de nós quem somos e não as acções que fazem por nós porque ouvir e assimilar é fácil, o difícil é assimilar sem ouvir. Todos sabemos, desde o ateu ao judeu, ao budista, ao cristão, ao protestante… todos sabemos que esta aplicação é uma farsa, até o ateu sabe! Porque até esse tem de acreditar em algo, quer seja na natureza: na água dos riachos, no sol que brilha, na chuva que cai, na nuvem que passa, na relva que cresce, no brilho do mar, no acto de respirar; quer noutra coisa qualquer. Até para esses que não acreditam, esses devem achar isto um acto de loucura porque faz tanto sentido como para eles cheirar uma flor num ecrã, sentir o sol através de uma lanterna (dia e noite ligada), sentir o frio do vento e o calor do verão porque o ar condicionado está ligado, respirar através de garrafas de oxigénio… isto é só o inicio do fim. No fundo concordo com a decisão de não ir com isto para a frente, mas não porque iriam padres para o “desemprego” porque sejamos francos muitos são aldrabões e quem são eles para nos absolver se são muitos deles que precisam de absolvição, é triste dizer isto dos homens de Deus, mas a verdade é que deixaram de o ser há muito e os que ainda são não irão conseguir mudar este mundo imperfeito, mas pelo menos não devem permitir que se torne mais. O homem tornou-se previsível e os seus actos mesquinhos e cruéis também porque existe uma lista de pecados pré-feita, se isto é normal então eu e muitos outros somos perfeitos anormais, somos anormais e em todos os sentidos da palavra e queremos continuar a sê-lo porque é essa anormalidade que nos garante a esperança em algo melhor, num mundo melhor ou o ver o melhor que há neste mundo porque cada vez mais a cegueira se espalha e a única coisa que espero é que Saramago fosse um visionário e que todos no fim voltaremos a ver, que quando pensarmos junto à janela que vamos cegar, abramos os olhos e vejamos o mundo no seu esplendor e possamos dizer: Agora todos vemos e estamos aqui.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Cadela que 'fala' torna-se êxito na Internet

Chama-se ‘Mishka’ e é um ‘husky’ de oito anos que tem feito furor na Internet por reproduzir cerca de uma dúzia de palavras.
O vídeo que circula no You Tube já foi visto cerca de 20 milhões de vezes e é possível ver a cadela a "dizer" expressões como ‘I Love You' (‘Amo-te), ‘How Are You' (‘Como Estás') ou ‘Obama' (‘Obama').
O êxito do animal já chegou à televisão, com ‘Mishka' a mostrar os seus dotes em vários ‘talk shows' norte-americanos.

Ao site ‘PeoplePets.com', a dona Gardea, de 31 anos, reagiu ao impacto dos vídeos: "O que gosto ao partilhar [vídeos] é que fazem muita gente feliz. E isso é muito divertido - fazer a diferença assim."
Comentário:
Na minha opinião, se é que a tenho porque isto é completamente insólito, se todos os animais falassem, isto é uma coisa única na história. Esta cadela demonstra o que a interacção entre o homem e o animal pode conseguir. Se pudéssemos falar com os animais tudo era mais fácil ou não. Pois aquela expressão “compra um cão” já não se aplicaria. Na realidade penso que toda a gente gostaria de falar com os animais, a questão é se pudéssemos, quer dizer impossível já não é como se pode ver mas se calhar tinha-se evitado muitos conflitos ou criado mais, quem sabe? Nada é completamente positivo tem sempre o lado menos bom. As pessoas muitas vezes falam com os animais porque precisam que alguém os oiça. Um animal ouve e não responde ou não respondia e se passar a responder? Será que tudo se manterá igual ou iríamos destruir também essa relação, já que o humano tem queda para destruir a natureza. Já tinha ouvido falar de cães que sabiam fazer contas mas falar nunca. Eu tenho um cão e ele percebe quase tudo o que lhe dizemos, sabe quando faz mal e quando não faz, sabe o que quer e o que fazer para o ter, como todos os animais. Se os animais falassem será que as relações entre humanos se deteriorariam? Será que o mundo seria melhor e mais equilibrado? Será que nos transformaríamos num Dr. Dolittle? No fundo será que estamos a confundir a realidade? Será que no fundo só buscamos por uma resposta para a nossa existência? Será que de facto a reencarnação existe e a Mishka tem a capacidade de relembrar acções de uma vida anterior? Se existe, será que somos todos assassinos? Quantas e quantas vezes não matamos moscas, será que estamos a matar alguém que conhecemos e reencarnou? Será que tudo isto é loucura? Será que não é? Muitas perguntas e nenhuma resposta. O meu comentário esta semana baseia-se nisso mesmo: em não responder a perguntas mas sim fazer pensar nelas, cada um que formule as suas, basta ver o vídeo.
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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

64 mil novos dadores de medula num ano

por PATRÍCIA JESUS  
Portugal é o terceiro país no mundo com mais dadores por milhão de habitantes. Campanhas de familiares ajudam.
Mais de 64 mil portugueses inscreveram-se no ano passado no Registo de Dadores de Medula Óssea, um aumento de 35% em relação ao ano anterior. O que faz com que Portugal tenha cerca de 246 mil dadores inscritos, o que o torna o segundo país europeu e o terceiro a nível mundial com mais dadores para transplante por milhão de habitantes. As iniciativas dos familiares dos doentes, a maioria com leucemia, têm contribuído para o enorme aumento que se nota nos últimos anos, reconhecem os responsáveis.
"Todos os anos, por esta altura, quando fazemos o balanço, digo que vamos ter um abrandamento, porque somos um País com apenas dez milhões de habitantes, uma população envelhecida e o registo só aceita dadores até aos 45 anos. E mais uma vez sou surpreendido pela solidariedade da sociedade portuguesa", explica Hélder Trindade, director do Centro de Histocompatibilidade do Sul.
A campanha para encontrar um dador compatível para uma menina de 4 anos com leucemia, Marta, em 2009, criou uma onda de solidariedade tal que terá feito com que se registassem dez mil dadores. Logo outros pedidos de ajuda surgiram através da Net. Cada uma com a sua página na rede social Facebook, seguida por milhares de pessoas, onde se vão partilhando novidades sobre o estado de saúde dos doentes mas também sobre as acções de inscrição de dadores. "O nosso esforço tem sido acompanhar a população que se está a inscrever, fazer registo e tipagem", reconhece o médico Hélder Trindade.
Desde 2006 o número de inscritos quadruplicou, o que se reflecte também nos resultados. No ano passado foram feitos 52 transplantes de medula com dadores sem relações de parentesco - mais cinco do que no ano anterior. Em 14 casos recorrendo a dadores portugueses e nos outros 38 recorrendo a dadores inscritos no estrangeiro.
Por outro lado, houve 58 colheitas de medula. Ou seja, além das 14 para doentes portugueses, houve outros 44 para o estrangeiro. "São dados muito relevantes que mostram o grande esforço de colaboração internacional", explica.
Comentário:
Eu penso que se pudemos salvar uma vida, porque não o fazer? Esta notícia significa que apesar de estarmos em crise e nos lamentarmos constantemente temos a capacidade de ver quando alguém precisa de ajuda porque se nós desistirmos de nós próprios, dos nossos, ninguém virá salvá-los por nós. É nosso dever enquanto cidadãos, enquanto seres humanos sermos solidários para com quem mais precisa e não pensarmos que não temos nada a ver com isso porque a vida por vezes surpreende-nos e nunca sabemos se um dia seremos nós a precisar e alguém será egoísta ao ponto de não nos salvar a vida. Um simples gesto pode salvar uma vida e para além disso morre muita gente por ano com cancro e enquanto as pessoas estão distraídas pela crise, pelas eleições… todos os dias nos hospitais há alguém que morre ou que sofre e estamos tão concentrados em nós próprios que não o vemos ou não o queremos ver. É muito difícil ultrapassar um cancro e exige um grande controlo psicológico tanto por parte da pessoa como da família e quando as coisas correm bem sentimos um alívio mas nada acaba aí pois as marcas ficam sempre e nem toda a gente tem essa sorte, muita gente não sobrevive e ninguém fala delas, ninguém lhes faz uma homenagem. Morreu o Carlos Castro e sabem uma coisa: morreu alguém hoje de manhã com cancro num hospital completamente só!
Talvez Hoje alguém tenha descoberto que tinha cancro, talvez alguém hoje tenha descoberto que se não aparecer ninguém compatível terá apenas 5 dias de vida, talvez alguém hoje tenha ficado curado, talvez alguém hoje tenha morrido, ou talvez não tenha, talvez alguém amanhã vá morrer? Mas se talvez hoje alguém decidir doar a sua medula, talvez amanhã esse alguém não morra! Ou talvez sim! Nunca se saberá… se não se tentar ajudar.
Era tão bom que fossemos recordados para sempre como o país que demonstrou o que é ser-se solidário, que fez algo mais do que dizer coitadinho… que esteve ao lado daqueles que morreram, que esteve ao lado daqueles que sobreviveram e que estará ao lado daqueles que vierem a passar por uma situação deste género.
Cabe-nos a nós marcar a história, cabe-nos a nós não ir embora!
Cabe-nos a nós ajudar, cabe-nos a nós não ignorar!
Pior do que não ajudar é fingir que tal não acontece. Por vezes as pessoas não querem saber porque sabem que isso despertará nelas sentimentos e pior que ter pena é fingir que não se a tem. Os portugueses não podem ter medo de sentir, medo de ajudar, medo de renascerem como pessoas melhores, medo de fazerem deste país um país melhor e mais solidário porque no fundo todos sabemos que sofrem pessoas todos os dias mas para não sofrermos também ignoramos. Por vezes é mais fácil quando está a dar um documentário sobre pessoas com cancro e com outras doenças mudarmos de canal do que chorarmos ao ver o seu sofrimento! O sofrimento de crianças, de jovens, de adultos, de idosos… mas é o facto de vermos esse sofrimento e tentarmos ajudar que faz de nós humanos! Sim, existe um aumento de dadores por ano mas será que algum deles é compatível, se calhar eu sou compatível, se calhar tu és compatível mas não somos dadores por isso nunca salvaremos uma vida. Se calhar eu sou compatível, se calhar tu és compatível e somos dadores por isso poderemos vir a salvar uma vida!
19/01/2011

Parque temático em estudo para zona do OndaParque

Degradação de antigo espaço de diversões aquáticas acentuou-se ao longo dos últimos anos
00h15m
Sandra Brazinha
Um parque temático é o destino mais provável dos terrenos onde há mais de uma década funcionou o Onda Parque, na Costa da Caparica, Almada. Cheios de grafitos, os velhos tubos e escorregas ainda permanecem no local, à espera de requalificação.
O investimento deverá ser feito pelo resort da Aldeia dos Capuchos, que passou o último ano a estudar a viabilidade de projectos para dar nova vida àquele espaço, que, desde o encerramento do parque aquático em 1996, está votado ao abandono.
"Este terreno tem muito interesse para a Aldeia dos Capuchos", garantiu ao JN Frederico Clemente, consultor externo da Cantial, que foi responsável pelo projecto Aldeia dos Capuchos. "Já fizemos alguns estudos que esbarraram sempre com a falta de viabilidade económica", avança.
"Infelizmente no mundo o único parque temático com sucesso é o da Disney. Os outros dão prejuízo", salienta o consultor, que quase conseguiu trazer para a Costa da Caparica uma Disneyland. "Já estivemos próximo de uma parceria com a Warner Bros, mas Lisboa não tinha dimensões suficientes", lamenta, numa alusão aos estimados dois milhões de habitantes da metrópole.
Apesar das dificuldades, a Aldeia dos Capuchos não vai desistir de equacionar todas as possibilidades de desenvolvimento de qualquer parque temático naquele local. "O universo é imenso. Estamos a analisar. A maior dificuldade é encontrar um projecto que se adeque e que seja viável. Não é fácil.", nota. "Teríamos muito interesse, mas neste momento não há qualquer plano", diz Frederico Clemente.
Os terrenos, cuja degradação é bem visível para quem circula no IC 20, estão destinados a zona de lazer. A Câmara de Almada vê por isso com bons olhos a perspectiva de nascer ali um parque temático, apesar de não ter conhecimento de que exista um projecto específico.
Comentário
A meu ver a requalificação desta área é uma excelente ideia, aliás, uma das questões desta notícia é: Nós queremos que sejamos recordados para a história como um país que investiu na requalificação das zonas deterioradas ou um país em que certas zonas ostentamos excessos e outras ao abandono estão. Esta é uma realidade portuguesa, já a cidade de Lisboa, não lhe é dada a relevância como capital de Portugal que é. Cada vez mais se vão deteriorando as zonas mais antigas que são o coração de Lisboa e Lisboa é o coração de Portugal. Outro dos problemas é que tendo uma vasta costa e sendo Portugal propicio ao turismo não aproveita o que tem ou então fá-lo de modo errado como o caso da Costa da Caparica, a estrada que já foi construída até à praia anterior à da saúde é um atentado às dunas e para além disso ao quererem fazer passar outra pelos parques de campismo, se o projecto for para a frente, ameaça tanto a qualidade das areias como as habitações e as terras de cultivo e isso não é viável e não fica bonito.
Quando falamos em França vem-nos à cabeça do ponto de vista lúdico o quê? A Disneyland Paris claro! E quando falamos em Portugal? São as discotecas, as casas de fado? Não chega. Será que os portugueses têm necessidade de ir a França se podem ter um género de Disneyland em Portugal, porque não?! Era uma forma de empregar mão-de-obra ao inicio e depois fazer crescer a zona da Caparica e trazer dinheiro ao país. O local onde esteve o OndaParque está abandonado ao tempo, sempre que se passa lá continua vazio e ainda com os velhos tubos e escorregas deteriorados e qual é a necessidade disso. O grande problema de Portugal é que os portugueses são demasiado sérios nestes assuntos e noutros assuntos descuidados e esta ideia de requalificar é óptima! Quem sabe se o investimento no turismo não nos poderá tirar da crise. Por exemplo, o Cristo Rei esteve muitos anos encerrado sem se poder subir à cabeça e este é um dos marcos de Portugal tal como o Cristo Redentor no Brasil e de repente com a vinda do Papa a Portugal lembraram-se que temos um Cristo Rei, isto é hipocrisia. As praias da Costa são das melhores do país na minha opinião, melhores do que as do Algarve em que as areias são muito sujas e a maré traz por vezes muitos limos e as águas não são assim tão quentes como se faz parecer, do que as do norte que apesar de belas são muito rochosas e frias, tirando isso só sobra Tróia e as da Caparica que são as melhores mas por este andar não durante muito tempo, isto falando das praias que eu considero próprias para banhos pois existem muitas outras mas a maior parte tem esgotos a dar ao mar e as pessoas a maior parte das vezes não sabem e é neste contexto que podemos também aproveitar a costa para diversas diversões que podem ser feitas aproveitando o mar e os rios, não só as zonas deterioradas. Este tipo de iniciativas como o do resort da Aldeia dos Capuchos sim! Ideias destas sim! O estado devia investir no turismo mas não com a construção de TGV’s porque isso depois acarretará outros sacrifícios e custos ao Estado, eu digo projectos que dêem LUCRO é que são de se investir! E falo de lucro e emprego a longo prazo.
12/01/2011

Nobel da economia avisa que euro pode desaparecer

10h42m
O euro pode desaparecer caso não sejam tomadas medidas adicionais para garantir a sua estabilidade a longo prazo, afirmou o Nobel da economia Joseph Stiglitz, em entrevista ao jornal francês "Liberation".


Situação orçamental das maiores economias europeias continua "precária"


Os fundos de estabilidade temporários criados pelos governos da zona euro dão apenas "um alívio temporário para os países mais pequenos", afirmou Stiglitz na entrevista, citado pela Bloomberg.
O economista considerou também que a situação orçamental das maiores economias, incluindo a Espanha e a Itália, continua "precária", acrescentando que um maior enfraquecimento das finanças públicas destes países irá colocar maior pressão sobre a moeda única europeia.
Sem "políticas apropriadas e instituições equilibradas", como um fundo de solidariedade para garantir a estabilidade a longo prazo, o euro pode não sobreviver sublinhou o Nobel da economia.
5/01/2011, Jornal de Notícias
Comentário
A meu ver a viabilidade e a crença no euro estão por um fio. O euro não se tem mostrado capaz acabando por, ao invés de ser a moeda da união, contribuir para uma maior instabilidade e dependência entre países.
O euro poderá desaparecer; Se imaginarmos que um dos países da União Europeia decide sair, porque sejamos realistas os fundos europeus não sustentarão para sempre os países mais afectados pela crise, até porque os países que ajudam estes também estão numa situação delicada e ainda se formos a ver bem não ganham nada em se manterem na União Europeia, só perdem pois sustentam os outros países. O que acontecerá com a saída de um desses países é a confirmação de que o euro não é uma moeda estável, ficando desacreditado tal como a incapacidade da União europeia e da economia europeia para se manter e prosperar. O fim do euro geraria o caos e deste a uma guerra com os mais diversas causas é um pulinho desde a luta pelo poder, a queda do poder economico, as empresas fechariam, a bolsa cairia, todas as economias nos bancos perder-se-iam e a população revoltar-se-ia e ficaria numa situação ainda pior e ainda os países que já se encontram mal, tarde ou nunca se levantariam e seriam ainda mais subjugados pelas grandes potências como o Japão, os EUA pois a Europa ficaria mal vista e seria considerada incapaz e ainda humilhada por não ter conseguido um dos seus grandes objectivos: a moeda única. Um dos grandes pólos mundiais (a Europa) seria desmantelado, a tríade deixaria de existir para quem sabe emergirem as chamadas novas economias emergentes que não se encontrando de momento atingidas pela crise, são favorecidas em relação aos outros países em que a especulação é elevada e se encontram em crise, potências como o Brasil e a China fazem parte dessas mesmas economias emergentes em que num mundo-arquipélago ou economia-arquipélago começam a aparecer pequenas ilhas que devagar caminham para o pódio.
O que acontecerá se o euro desaparecer ainda não se pode dizer com exactidão mas ver-se-á futuramente pois na minha opinião já faltou bem menos para tal acontecer. O futuro o dirá.